Se havia qualquer especulação sobre a saída da fabricante japonesa do Brasil, essa preocupação foi deixada completamente de lado por executivos. A única novidade em vista, portanto, é na origem do fornecimento de celulares. No entanto, é quase certo de que a mudança deverá impactar nos preços praticados no comércio local.
O fornecimento estrangeiro de smartphones da Sony no Brasil já começou, na verdade, com os tops de linha Xperia Z5 e Xperia Z5 Premium. Da fábrica da Foxxcon no interior de São Paulo, os aparelhos passaram a vir de plantas da própria Sony na Tailândia e da Foxxcon chinesa. O mesmo ocorre com os lançamentos Xperia X e Xperia XA.
Lei do bem
Segundo Ana Peretti, diretora de marketing da Sony, o principal motivo da retomada das importações para celulares da marca no país é o fim decretado da Lei do Bem, que desonerava smartphones de até R$ 1,5 mil. Como não há mais o incetivo para fabricação de modelos com esse teto de preço de venda, sairia mais vantajoso trazê-los de fora.
A lei do bem foi suspensa e só temos produtos acima de R$ 1,8 mil, então decidimos importar esses modelos.
A estratégia seria vantajosa para a Sony porque o custo de produção desses aparelhos é menor lá fora, já que fábricas maiores na Ásia podem produzir mais unidades em menos tempo. É uma caraterística que, inclusive, aumentaria o poder de reposição de estoque em varejistas nacionais para suprir um eventual aumento de demanda.
Brasileiros estão gastando mais
A terceira razão pela qual a Sony deixou de fabricar smartphones no Brasil estaria relacionada a uma tendência de consumo recente dos brasileiros. Segundo estudos da IDC, consumidores estão gastando mais para trocar de smartphone, e o preço médio dos aparelhos vendidos teria subido - em parte devido a alta do dólar.
Com isso, a faixa dos celulares mais caros, que custam a partir de R$ 3 mil, tem ocupado a segunda posição entre as categorias que mais vendem no país. E é esse o foco da Sony para próximos lançamentos.
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