Samsung inicia produção de módulos de memória de 128 GB para smartphones

Segundo analistas, a Apple e a própria Samsung são as principais candidatas a lançar aparelhos com capacidade de 128 GB já no próximo ano.


A divisão de semicondutores da Samsung Electronics começou a produção em larga escala de módulos de memória embarcada com capacidade de 128 GB para uso nas próximas gerações de smartphones, tablets e dispositivos móveis, disse a empresa nesta terça-feira.
Um upgrade para 128 GB irá dobrar ou quadruplicar a capacidade de armazenamento dos aparelhos em comparação aos modelos mais sofisticados atualmente no mercado. O iPhone 5, da Apple, tem uma versão com 64 GB de memória interna, enquanto os recém-anunciados Optimus G, da LG Electronics, e Lumia 920, da Nokia, tem ambos 32 GB.
Consumidores cada vez mais interessados em assistir e gravar vídeo, além de câmeras com resoluções mais altas, irão aumentar a necessidade por mais espaço para armazenamento de dados. Ao mesmo tempo, um aumento na capacidade interna reduz a necessidade de um slot para cartões de memória, o que permite que os smartphones se tornem cada vez menores, diz Francisco Jeronimo, gerente de pesquisas do IDC.
Os novos módulos eMMC (embedded MultiMediaCard) Pro Class 1500 de 128 GB tem velocidade de leitura sequencial de até 140 MB por segundo, e escrita de até 50 MB por segundo, o que é cinco vezes mais rápido do que cartões SD Classe-10, de acordo com a Samsung.
A Samsung não diz quando espera ver os primeiros aparelhos equipados com módulos de 128 GB no mercado, mas a maioria dos aparelhos que irão disputar a atenção dos consumidores na temporada de fim do ano já foram anunciados. A “próxima leva” irá aparecer durante a CES em Janeiro ou o Mobile World Congress em Fevereiro, o que daria aos fabricantes mais tempo para integrar o chip aos seus projetos.
De acordo com Malik Saadi, principal analista da Informa Telecoms & Media, a Samsung é uma forte candidata a lançar produtos com os novos chips. Já Jeronimo afirma que não ficaria surpreso se a Apple fizesse o mesmo.
Atualmente a capacidade de armazenamento tem um significado especial nos smartphones e tablets, já que é uma das poucas formas que os fabricantes tem de aumentar suas margens de lucro. Por exemplo, há três versões do iPhone, e a única diferença entre eles é a capacidade de memória: 16, 32 ou 64 GB. O modelo de 64 GB custa US$ 200 a mais que o de 16 GB quando adquirido junto com um contrato de 2 anos com uma operadora, mas a Apple paga apenas US$ 31 pelos 48 GB extras, de acordo com uma análise dos produtos feita pela firma IHS iSuppli.
E ao contrário de outros smartphones, os iPhones não tem um slot para cartão de memória, o que força as pessoas a um upgrade para os modelos mais caros se quiserem maior capacidade. Só 4 porcento dos aparelhos vendidos no próximo ano terão 64 GB de memória interna, e neste ano o iPhone representará dois terços de todos os aparelhos nesta categoria, prevê a Informa.
“É altamente lucrativo pra a Apple porque as margens são altas”, disse Saadi via email. Mas para outros fabricantes ainda “será difícil justificar o custo” de adicionar 128 GB de memória em um smartphone, complementa.
Outro motivo pelo qual os fabricantes podem desdenhar a memória extra é a crescente disponibilidade de serviços baseados na nuvem, que com a ajuda de redes 4G (LTE) de maior capacidade se tornarão mais úteis. “Você não precisa de muito espaço no smartphone se pode acessar todo o seu conteúdo a partir da Internet”, disse Jeronimo.

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